Em devaneio ao se olhar me entrego, me entrego como se cada olhar fosse o primeiro, como se cada beijo fosse único e cada abraço fosse o último...
Em seus braços sou além de mim mesma, sou eu, sou você, somos nós. Um nós em comum que apenas quem sente compreende.
Um sentir além de nós mesmos, um sentir calmo, ofegante, um sentir que percorre sobre meu corpo como brasa.
Sou eu em você, apenas um, um ser que posso dizer que incomum pela distância física que ainda nos afugenta...
Distância essa que é inexplicável em pensamento, o como deliberadamente o sinto mais próximo de mim, no toque das suas mãos encontro cada explicação pelo que sinto pelo que vivo a cada instante.
Anos se passaram e o sentimento que apenas permanece, sentimento que cresce avassaladoramente e inexplicavelmente, razões pela qual apenas eu e você sabemos...
Peço a Deus todos os dias para que encontremos o mais depressa o possível o caminho que por enquanto ainda se encontra obscuro.
Chega de explicações não é mais isso que procuro, agora no momento procuro uma razão pelo qual o amo assim, para o tanto desejar ao meu lado a cada segundo de minha vida...
No silêncio do meu quarto sinto sua respiração, sinto seu cheiro, sua presença, e uma vontade de cada vez mais o ter perto de mim...
Sentir, apenas sentir, agradeço a Deus por simplesmente sentir, mesmo que este sentir ainda não me permita o ter sempre aqui.
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